Uma é que quando
saímos para passear, ele não quer ficar de papo, ele quer é
passear, ficar caminhando e cheirando tudo pelo caminho. Se eu paro
para conversar com alguém, ele pára ao lado e diz latindo: - Vamos
passear!
Isto tudo me remete
ao desfile do carnaval e à praça do apocalipse, assim denominada
por equívoco, por um jornalista do Rio, contrariado, do qual não lembro o nome,
à época da inauguração do sambódromo da Sapucaí, onde foi
criada por Niemeyer a praça da apoteose.
A apoteose como
clímax é um engodo. É realmente um apocalipse, pois é o fim de
tudo. A vida de uma pessoa normal tem seu apoteose no desfile ao
longo do tempo e não no conceito de “melhor idade”. Melhor idade
o caralho! Afinal, o fim de tudo para quem tem uma doença
neurodegenerativa como o Parkinson deve ser triste, muito triste,
vejo por mim, com minha degeneração.
Então vivamos o hoje, o aqui
e o agora, enquanto temos forças e lucidez para desfilar, e vale
para todos … ou seja, Carpe Diem.
trágico nas previsões futuras, mas ainda dito com muita sobriedade.
ResponderExcluirTragi - cômico, no que couber...
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