terça-feira, 6 de agosto de 2019

Mulheres com Parkinson que estão em casa enfrentam maiores barreiras de acesso ao apoio, descobre estudo

AUGUST 6, 2019 - As mulheres com doença de Parkinson avançada que estão reclusas são mais propensas a viver sozinhas e podem enfrentar maiores barreiras para acessar o apoio.

Essa descoberta vem do estudo “Diferenças relacionadas ao sexo em pacientes com doença de Parkinson avançada em domicílio”, publicado em Clinical Interventions in Aging.

Os sintomas motores e não motores de Parkinson afetam negativamente a qualidade de vida dos pacientes. Cuidadores desempenham um papel importante em manter os pacientes de Parkinson envolvidos em atividades diárias, que podem melhorar sua qualidade de vida.

“A combinação de DP avançada [doença de Parkinson], idade mais avançada e seu acúmulo associado de comorbidades reforçam-se negativamente, fazendo com que muitas pessoas não saiam de casa. Uma vez internada e desconectada dos cuidados de rotina, essa população está em maior risco de deterioração e eventos adversos”, escreveram os pesquisadores.

A duração de Parkinson parece ser similar entre os sexos. No entanto, e em comparação com os homens, estudos indicam que as mulheres tendem a ser mais velhas, têm maior gravidade da doença, outras doenças além de Parkinson (comorbidades), e são menos propensas a serem monitoradas por um neurologista ou receber intervenções cirúrgicas como estimulação cerebral profunda.

Um estudo recente também mostrou que as mulheres correm maior risco de ter um acesso deficiente aos cuidadores.

Para explorar ainda mais as associações entre sexo, estado de internação e acesso aos cuidados, os pesquisadores estudaram as características de homens e mulheres que não puderam sair de casa e que estavam matriculados em um programa de visitas domiciliares para pessoas com Parkinson avançado e distúrbios relacionados. O estudo foi uma colaboração entre nove instituições, incluindo universidades e centros médicos.

Os pacientes foram atendidos entre fevereiro de 2014 e julho de 2016. Os pesquisadores analisaram os dados dos participantes, que foram coletados por meio de entrevistas pessoais ou revisão de prontuários médicos.

Dos 85 pacientes inscritos, 52% (44 pessoas) eram mulheres. Na primeira visita domiciliar relacionada ao programa, os indivíduos tinham uma idade média de 79,6 anos e não foram encontradas diferenças entre os sexos.

Entre as mulheres, 32 tinham doença de Parkinson, oito tinham demência com corpos de Lewy, um tinha demência por doença de Parkinson e os nove restantes tinham diferentes tipos de distúrbios semelhantes ao Parkinsonismo.

No geral, em todo o grupo de 85 pacientes, o diagnóstico de Parkinson foi o mais comum (79%). Um diagnóstico de demência de Parkinson foi mais frequente em homens (17,1%) do que em mulheres (2,3%).

Os homens foram encontrados para ter maior assistência cuidadora, em comparação com as mulheres. "Comparando os tipos de cuidador, 70,7% dos homens identificaram um cônjuge, parceiro ou outro significativo que serve como um cuidador em comparação com apenas 27,3% das mulheres", observaram os pesquisadores.

As mulheres eram mais frequentemente solteiras ou viúvas, o que poderia ser explicado pelo fato de que as mulheres têm uma expectativa de vida mais longa que os homens.

Cerca de 18,1% das mulheres moravam sozinhas e não tinham cuidador, em comparação com 2,4% na subamostra masculina.

“Este estudo destaca a relativa falta de cuidadores entre mulheres em idade de internação com DP avançada [doença de Parkinson] e enfatiza a vulnerabilidade desse grupo de pacientes a interrupções na continuidade dos cuidados. Com uma compreensão adicional das barreiras ao tratamento, os médicos podem individualizar ainda mais estratégias de tratamento, aconselhamento e planejamento de cuidados com base nessas diferenças relacionadas ao sexo”, concluíram os pesquisadores. Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Parkinsons News Today.

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