09/07/2019 - Muita
cortina de fumaça cerca o mercado dos e-cigarros, mas o cenário
fica bem mais nítido para quem pagar pela informação (e não por
esses pen-drives vaporizadores). Dominando o mercado norte-americano,
a Juul criou um modelo conectado via Bluetooth com um aplicativo no
celular do usuário.
O argumento da
startup criada em 2015 é que esse dispositivo serviria para o
fumante controlar seu vício (e reduzir ou abandonar o hábito, se
esse for o desejo), além de a geolocalização poder evitar que se
fume perto de escolas (o aparelho bloqueia o acionamento). Esse
último recurso seria então um obstáculo para o consumidor
adolescente, atraído pelo marketing "descolado" da marca
(há 2 milhões e-fumantes adolescentes nos EUA).
Acontece que esse
mesmo programa possibilita o acesso dos dados coletados por
"terceiros", ou seja, empresas interessadas nas baforadas
alheias, como seguradoras e administradoras de planos de saúde (além
dos chefes dos fumadores, é claro).
O número de
tragadas, a periodicidade, a forma de pagamento, a localização e
até o email dos clientes podem ser compartilhados.
Nos EUA, 29 estados
proíbem qualquer tipo de discriminação trabalhista em relação
aos fumantes, mas não existe uma lei federal sobre o tema.
Há por lá casos de
corporações que baniram os pitadores (eletrônicos ou analógicos)
para economizar nos gastos com plano de saúde. Por outro lado, as
seguradoras querem mensalidades mais altas para os fumantes, mas
esbarram na quantidade de informação que os assegurados passam.
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Loja oferece em Chicago as recargas com sabores da Juul, a empresa que domina o mercado dos EUA Imagem: AFP
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No Brasil, a
comercialização, importação e propaganda dos e-cigarros são
proibidas. Há, porém, um forte lobby por sua legalização,
argumentando que eles são menos prejudiciais que o fumo tradicional,
por não conter tabaco e outras substâncias tóxicas - continua por
lá a viciante nicotina, em proporções às vezes até maiores.
Mesmo banido por
aqui, o produto aparece nos principais portais de venda online e
ainda ganha posts bem elogiosos por parte de influenciadores
digitais, o que garante um público jovem para o produto com vapores
saborizados, de crème brûlée a pepino.
A popularização
dos cigarros eletrônicos entre os adolescentes foi a primeira
polêmica desse mercado ascendente, que agora apresenta como solução
uma nova polêmica: o compartilhamento digital das pitadas.
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Modelo japonesa faz propaganda nas redes sociais para um modelo de e-cigarro
Imagem: Reuters
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A agência
reguladora dos EUA, a FDA (Food and Drugs Administration), apontou
uma "proporção epidêmica" no crescimento do uso por
estudantes. E uma reportagem do jornal "The New York Times"
mostrou que a maioria dos escolares adictos nunca tinha antes
acendido um cigarro convencional.
O design cool, a
entrada USB, os sabores chamativos e os posts estilosos em redes
sociais como o Instagram e Facebook atraíram um público muito jovem
para a Juul, que detém 72% do mercado dos EUA. Fonte: UOL.
Pessoalmente sou
contra a liberação indiscriminada dos cigarros eletrônicos. Mas, para pessoas com parkinson, nosso caso, sou a favor da liberação
destes cigarros.
Por que?
Porque os cigarros
eletrônicos são alimentados por refis líquidos, e dentre eles o
canabidiol (CBD), que pode aliviar alguns sintomas.
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