terça-feira, 13 de março de 2018

Nanopartículas de ouro, ligadas ao Parkinson


13 marzo, 2018 - Uma equipe internacional de pesquisadores conseguiu projetar um método baseado em nanopartículas de ouro capazes de detectar fibras amilóides, estruturas associadas a doenças neurodegenerativas como a doença de Alzheimer ou Parkinson.

Esta "nova metodologia" permite localizar essas fibras em quantidades muito pequenas e em estágios muito iniciais de sua formação, portanto, de acordo com seus gerentes, abre novas fórmulas de diagnóstico para doenças priónicas (causadas por proteínas aberrantes), Parkinson ou Alzheimer.

A descrição do método é publicada na revista PNAS, em um artigo assinado por cientistas do Centro Espanhol de Pesquisa Cooperativa em Biomateriais (CIC biomaGUNE), Centro Cooperativo de Pesquisa em Biociências (CIC bioGUNE), Universidade de Extremadura, Universidade de Vigo e a Universidade belga de Antuérpia.

As fibras amilóides são estruturas formadas por proteínas mal dobradas: estas proteínas se acumulam dando origem, pouco a pouco, às fibras amilóides que adotam uma geometria helicoidal.

Para que as proteínas desempenhem suas funções, elas devem ser dobradas para construir sua forma tridimensional correta; se não o fizerem, deixarão de executar sua função.

Quando isso acontece, as proteínas mal dobradas se acumulam nas células que formam estruturas macroscópicas, depósitos de proteína agregada associados à doença de Alzheimer ou ao Parkinson.

As fibras de amilóide são um tipo desses agregados de proteínas e causam morte cerebral, por isso é importante detectá-los nos estágios iniciais, disse Luis Liz Marzán, diretor do CIC biomaGUNE e coordenador deste trabalho.

Isto é precisamente o que este novo método alcança: é uma combinação de nanopartículas de ouro e luz, que os cientistas testaram pela primeira vez em "in vitro" e depois aplicaram amostras de pacientes falecidos, obtidos a partir de bancos de amostras.

No caso das experiências "in vitro", foram preparadas amostras biológicas destinadas a obter fibras amilóides e, em seguida, as nanopartículas de ouro foram adicionadas de modo que, como se fossem "ímãs", aderiram às fibras, seguindo sua forma helicoidal.

A chave está aqui, em que as nanopartículas seguem a forma helicoidal das fibras e depois localizam-nas com luz, com técnica espectroscópica, explica Liz Marzán, que salienta que isso é conseguido através da introdução de certas nanopartículas na amostra que permitem manipular a luz. neste caso infravermelho - de uma maneira muito característica.

Esta nova metodologia servirá para entender melhor o processo de formação dessas fibras, mas também pode ser útil como método de diagnóstico.

Embora essas fibras causem danos apenas no cérebro, acredita-se que eles também se acumulam em outros órgãos quando existem doenças como Parkinson, Alzheimer ou Huntington, "para que você possa pensar em um sistema de análise que ajude a complementar os testes existentes para isso tipo de doenças", conclui Liz Marzán. Original em espanhol, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Digital 943.

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