quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Projeto universitário vai tratar pacientes de Parkinson e Alzheimer em Macapá

Serão levados atendimentos gratuitos de saúde com profissionais de fisioterapia, medicina, enfermagem, nutrição e farmácia. Lançamento ocorreu nesta segunda-feira (22).

Macapá - 23/01/2018 - Melhorar a qualidade de vida de portadores das doenças crônicas e neurodegenerativas Parkinson e Alzheimer é a proposta do projeto “Reviver”, da Universidade Federal do Amapá (Unifap), que foi lançado na segunda-feira (22), no campus Marco Zero, em Macapá.

O trabalho consiste no acompanhamento e tratamento de pacientes, assim como na qualificação de cuidadores e familiares que lidam diretamente com as doenças. Serão ofertados atendimentos gratuitos com fisioterapeutas, médicos, enfermeiros, nutricionistas e farmacêuticos.

A egressa do curso de farmácia da Unifap, Bianca Marino, de 22 anos, é idealizadora do projeto. Ela conta que buscou conhecer mais sobre as doenças durante pesquisas acadêmicas e descobriu a falta de assistência para esses dois tipos de pacientes no Amapá.

Bianca destaca que não há dados locais mais precisos sobre o público portador de Parkinson e Alzheimer. Para ela, o conhecimento que será repassado durante o trabalho é essencial para os tratamentos e melhoria na qualidade de vida dos doentes.

“Para devolver à sociedade o conhecimento que adquiri, resolvemos idealizar esse projeto, que consiste em melhorar a qualidade de vida do paciente, do cuidador e família. Por ser doenças neurodegenerativas acabam afetando a todos ao redor”, destacou.

O interessado em participar deve apresentar, até o dia 2 de março, encaminhamento médico com o diagnóstico, no bloco do curso de farmácia da Unifap. As atividades do projeto devem iniciar a partir do dia 12 de março.

Durante a cerimônia de lançamento, a comerciante Raimunda Barbosa, de 64 anos, não conseguiu conter as lágrimas. Ela sofre de Parkinson há 13 anos e diz que sentia falta de trabalhados voltados para a assistência.

“Esse projeto representa muito pra mim. Muitas vezes fico em casa, me sentindo deprimida, sem assistência. Eu vou ter a oportunidade de encontrar outros pacientes e trocar ideias. Preciso muito disso e acredito que eles também”, disse, emocionada.

A coordenadora do Reviver, Lorane Melim, enfatiza a importância de incluir os cuidadores e parentes nas atividades do projeto. Segundo a professora, muitas famílias não têm condições de pagar profissionais para cuidar dos pacientes, então a qualificação é importante.

“Então, é importante pensar no conjunto, focar nos pacientes, mas não esquecer dos cuidadores e familiares […]. Todos precisam estar juntos no tratamento e presentes em tudo o que tiver envolvido aquele paciente”, finalizou a coordenadora. Fonte: Globo G1. (com fotos)

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