sexta-feira, 24 de novembro de 2017

TRATAMENTO DE DOENÇA DE PARKINSON E AUTO-IMUNIDADE

por Paulo Bittencourt
nov 24, 2017 - Doença de Parkinson é tradicionalmente considerada uma doença degenerativa no meio neurológico. Este paradigma tem sido utilizado com um excesso de conservadorismo, especialmente na segunda metade do século XX. Na verdade, como especificamente discutido em meu livro Pseudoquimera e autoimunidade, disponível na amazom.com, esta ideia ignora a biologia da morte celular. Essencialmente, células morrem por mecanismos variados, e degeneração não é um deles. Inflamação, sim, é muito mais comum.

Poucos anos atrás eu teria sido acusado de charlatanismo ao tentar escrever este artigo sobre uma origem inflamatória para o progresso da doença de Alzheimer; como agora quem escreve é a American Academy of Neurology após proposta da Columbia University, então vamos lá.

Sulzer da Columbia University Medical Center e Alessandro Sette do La Jolla Institute for Allergy and Immunology publicaram em junho na Nature seu achado de uma população de células T no sangue de pacientes com Parkinson que reconhecem a alfa-sinucleína, indicando uma possível rota de tratamento imunológico que poderia lentificar ou parar a evolução da doença.

Sulzer não sabe se a resposta imune é causa ou consequência, mas torna-se claro que contribui para morte neuronal e progresso da doença. Ele achou um artigo de 100 anos atrás mostrando microglia ativada em Parkinson. Outros neurologistas dizem que já existem pistas de imunidade envolvida em Parkinson há muitos anos, mas este grupo demonstrou envolvimento de células MHC classe 1 e linfócitos T CD8+ T citotóxicos. As consequências são óbvias. Tratamento imunológico que visar células T pode ter um efeito positivo no prognóstico de Doença de Parkinson. Seguem referências bibliográficas. Fonte: Dimpna.

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