sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Tremor essencial atinge até 5% da população

13/10/2017 - Imagine você realizando uma atividade simples como beber água ou manusear os talhares durante uma refeição. Parece fácil e tranquilo, não é mesmo? Mas, para cerca de 5% da população brasileira, esse processo pode ser mais constrangedor do que se imagina, por conta do chamado tremor essencial, um movimento involuntário, com progressão lenta e geralmente familiar que pode envolver as mãos, braços, cabeça e até a voz. Por ano, cerca de 150 mil casos são registrados. “Embora seja tratado como patologia benigna, pode ocasionar transtornos no indivíduo na sua vida social, evidenciado em atos simples do dia a dia”, explicou Almir Plessim de Almeida, neurocirurgião e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e da Academia Brasileira de Neurocirurgia (ABN). Dentre as atividades citadas pelo especialista, estão as relacionadas ao ato de ao beber café, usar o talher ou assinar o cheque, se agravando em situações que envolvam estresse ou distúrbios psíquicos associados, o que pode fazer com que os tremores piorem. Já em situações de repouso, como, por exemplo, durante a hora do sono, os sintomas geralmente desaparecem. “A incidência do tremor essencial aumenta de acordo com o aumento da idade, atingindo uma prevalência de 14% em pessoas com mais de 65 anos. Além disso, pode também afetar crianças. Do total de novos casos, 4,5% a 5,5% apresentam-se nas primeiras décadas de vida, com idade média de começo aos sete anos de idade”, disse o neurocirurgião. Por outro lado, é comum aos pacientes com esses sintomas associarem o tremor essencial ao Mal de Parkinson. De acordo com os especialistas, o paciente não apresenta nenhum outro problema neurológico além do tremor. Além disso, ela não teria nada a ver, de modo geral, com o mal, que atinge cerca de 200 mil pessoas no país. A causa é, em grande parte, genética, sendo que até metade dos pacientes apresentam história familiar positiva para o mesmo problema. “Na síndrome de Parkinson, em que o tremor é de repouso, e nem sempre apresenta o tremor, além de estarem presentes outros sinais como a lentidão do movimento (bradicinesia), a rigidez muscular (hipertonia) e as quedas frequentes (instabilidade postural)”, pontuou Almir Plessim de Almeida. Fonte: Voz da Bahia.

Qual diferença em tremor essencial e a doença de parkinson?
Tremor essencial é de ação e compromete as atividades de vida diária. Já o tremor do parkinson é de repouso e não incomoda tanto, pois o que compromete a qualidade de vida do doente de parkinson é a bradicinesia, ou seja, a lentidão dos atos motores.

O tremor "essencial" é tìpicamente de ação ou atitude, e assim será chamado quando se afastarem outros motivos para esse distúrbio do movimento: sensibilidade a cafeína ou teobromina ou teofilina, hiperfunção tireoideana, lesão de supra renal produtiva de adrenalina ou nor adrenalina, fase inicial de insuficiencia hepática, diabetes, uso de drogas ilícitas; o tremor parkinsoniano vem em idade mais avançada, é tìpicamente de repouso iniciando-se de um lado do corpo,e lembra quem "enrola pílulas", ou conta dinheiro. Ambos desaparecem ao sono. Ambos aumentam com ansiedade. Fonte: Doctoralia.

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