Penso que, apesar de avanços da ciência, com relação às doenças neuro degenerativas e o Parkinson em especial, estes avanços se parecem lentos, à passos de tartaruga, enquanto nas demais áreas, a passos de lebre afoita. Não sei se a grama do vizinho é mais verde? Enfim, os balanços anuais na vida prática, cotidiana, neste campo (Parkinson) são quase imutáveis. Deveria-se fazê-los a cada 5 ou ou 10 anos. Mas a terra só leva 1 ano para a volta ao sol... Deve ser ação da bradicinesia (lentidão de movimentos) se fazendo muito presente.
A ressaltar de positivo os esforços da Fundação Michael J Fox, na busca de terapias mais “users friendly”, com menor tempo de gestação e uso prático imediato. Para ganhar-se tempo. Derivado disso a grande esperança na vacina da Affiris. A maior flexibilização, embora muito tímida, das autoridades no Brasil quanto ao uso de canabinóies (canabidiol) para alívio das dores e melhoria do sono em nosso caso.
Afora isto não vejo o que ressaltar de novidades ou avanços. Há mais ou menos 50 anos surgiu o levodopa. De lá p'rá cá, os agonistas (pramipexole p.ex.: Sifrol e Mirapex, nos anos '90), houve o ressuscitamento dos eletrochoques na forma sutil e reversível do dbs, … variações sobre o mesmo tema (Sifrol e Mirapex ER, dbs recarregável), e promessas: células tronco, transdermais, inaláveis, etc... E de resto, no frigir dos ovos, coisas imateriais, não factíveis para a melhoria da vida cotidiana.
Levemente positivo, a questão cultural, como as exposições, ainda que comedidas, de Michael J. Fox (precocemente retirado da telinha devido ao baixo "Ibope") e Paulo José, na rede Globo, que poderiam a longo prazo ter efeito multiplicador de consciências. Mas o que passou, passou.
A saudar a bradada maior consciência dos portadores quanto ao conhecimento e domínio dos medicamentos e terapias medicamentosas ou multidisciplinares (leia neste blog - “Os pacientes de Parkinson clamam por uma rota mais rápida para a cura”).
Os estudos da fé religiosa, espiritual, da auto-motivação e da esperança (Parkinson: A esperança como princípio”), é que me parecem ter um grande potencial neste campo, o que não é desprezível, pois já foi dito que “A fé remove montanhas”.
Mas que venha 2017, que estaremos nós e nossos cuidadores, apesar de muitos de nós trôpegos, prontos para os desafios, com muita fé, paz, amor (leia “Resoluções de Ano Novo”).
O ânimo é tal, que estou copiando e colando, com adaptação, post de 31/12/2014...
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