quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Sintomas Iniciais Pouco Comuns da Doença de Parkinson

24/10/2016 - A Doença de Parkinson é uma doença neuro-degenerativa progressiva que afeta tipos específicos de neurônios do cérebro.

Seu diagnóstico é clínico e fundamentado em quatro sintomas característicos, quando em sua apresentação clássica:

1- Bradcinesia: Dificuldade em se iniciar os movimentos;

2- Rigidez: Os movimento se tornam rígidos e dificultosos;

3- Tremor: Típico da doença, rítmico e de repouso;

4- Instabilidade postural: Dificuldade em se manter a postura ereta e caminhar.

A doença pode se apresentar de diversas formas que podem conter esses sintomas em intensidades e combinações variadas até uma forma onde predomina a rigidez extrema.

Existem ainda, uma série de sintomas não-motores que acompanham a doença, como as alterações do sistema nervoso autônomo que controla a sudorese, temperatura e produção sebácea da pele, distúrbios do sono, distúrbios psiquiátricos e alterações dos sentidos.

Alguns sintomas podem ser detectados nas fases iniciais da doença, na fase chamada “pré-motora”, como as alterações do sono, constipação intestinal, depressão, alterações do olfato e do paladar, dificuldade para se discriminar cores, dor nos ombros, sensação de tremor interno e secreção nasal excessiva não relacionada com processo alérgico ou infeccioso.

Em publicação recente nos Arquivos Brasileiros de Neuro-Psiquiatria, um grupo de autores brasileiros descrevem esses achados com maestria em uma série de pacientes no Sul do Brasil (Arq Neuropsiquiatr 2016;74(10):781-784).

A identificação destes sinais e sintomas nas fases iniciais da Doença de Parkinson é muito importante para que se possa aprofundar o diagnóstico e aumentar a atenção no seguimento desses pacientes.

Por serem sintomas pouco específicos e imprecisos, podem tornar o diagnóstico definitivo da doença mais difícil nestes casos. Contudo, quando presentes, podem servir para que se aumente a atenção para a possibilidade de Doença de Parkinson em fases iniciais nesses pacientes. Fonte: Carlos Lobão.

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