quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Cientistas desenvolvem estratégias com células-tronco contra a doença de Parkinson sem transplante

OCTOBER 5, 2016 - Pesquisadores desenvolveram uma nova abordagem utilizando células-tronco para tratar a doença de Parkinson, evitando as consequências negativas de outras terapias com células estaminais, de acordo com dois estudos realizados pelo pesquisador Leo Behie, da Universidade de Calgary, no Canadá, e colaboradores em Portugal.

A técnica recém-desenvolvida se mostra promissora para novas oportunidades terapêuticas no futuro.

Um dos estudos, "Modulação das células-tronco secretomas mesenquimais usando biorreatores controlados por computador: Impacto sobre a proliferação neuronal celular, sobrevivência e diferenciação", foi publicado na revista Scientific Reports. O outro, "Impacto das células estaminais secretomas mesenquimais humanas na estrutura cerebral e comportamento animal em um modelo de rato da doença de Parkinson", foi publicado no jornal Stem Cells Translational Medicine.

Doença de Parkinson é caracterizada pela perda de certos tipos de neurônios no cérebro, o que afeta negativamente a comunicação neuronal e faz com que o corpo seja incapaz de controlar o movimento. Atualmente, não há cura para a doença, mas vários pesquisadores têm investigado os benefícios potenciais da tecnologia de células estaminais.

As células estaminais são células indiferenciadas que se originam de todos os outros tipos de células no corpo, incluindo neurônios. As células estaminais podem ser estimuladas para se tornar o tipo de neurônios que ficam afetados pela doença de Parkinson e podem, potencialmente, serem transplantadas no cérebro do paciente, onde iriam substituir os neurônios moribundos.

Mas a fim de tornar o sistema imunitário da pessoa a aceitar o transplante, os doentes devem tomar imunossupressores potentes que deixam os seus corpos susceptíveis a outras doenças.

Behie e os outros dois autores principais dos estudos, Antônio Salgado e Nuno Sousa, desenvolveram uma nova estratégia que mostra potencial como um tratamento para a doença de Parkinson e outras doenças que afetam o sistema nervoso - mas não exige um transplante de células-tronco.

Os cientistas utilizaram bioreactores controlados por computador para multiplicar um tipo de célula estaminal humana, denominadas células estaminais mesenquimais, que são encontradas na medula óssea. As células respondem ao ambiente que as rodeia e, quando injetadas no cérebro de ratos com doença de Parkinson, com sucesso tornaram-se neurônios maduros e permitiram a recuperação física dos animais.

"Quando as células são introduzidas no cérebro [de Parkinson], não é um resultado poderoso", disse Behie em um comunicado. "Fomos capazes de mostrar que os cérebros feridos regeneram novos neurônios."

Juntos, os resultados levantam a possibilidade de que as células estaminais mesenquimais humanas podem ser implantadas no cérebro humano, sem a necessidade de transplantes ou suprimir o sistema imune. Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Parkinsons News Today.

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