14/1/2016 - Engana-se quem pensa que a realidade virtual, ou a holografia, como também é conhecida, se presta apenas a turbinar os videogames. O uso das técnicas e equipamentos para ampliar ao máximo a sensação de realidade conquistou protagonismo na área de saúde, no auxilio a pacientes com Parkinson e com transtorno de ansiedade.
Dada a possibilidade de expor os pacientes em ambientes controlados, médicos têm descoberto novas aplicações para a realidade virtual em tratamentos. No Hospital das Clínicas de São Paulo, os óculos de realidade virtual, segundo reportagem do portal G1, pacientes com Parkinson em estágio 3 possuem, entre os sintomas, o “congelamento”, que acontece quando a pessoa começa a caminhar com passos cada vez menores até parar ou cair. Para ritmar os passos e equilibrar os pacientes, o Hospital está investindo em óculos de realidade aumentada durante as sessões de fisioterapia. Nesses encontros, os pacientes usam o dispositivo e passam a enxergar o percurso em 3D, que, conforme o paciente anda, o caminho se move como uma esteira. Com esse mecanismo de manipulação, os pacientes são estimulados a utilizar um caminho cerebral alternativo, recebendo mais estímulos e melhorando seus movimentos. O princípio, que busca a reabilitação, tem se expandido exponencialmente para auxiliar na recuperação ou terapia de outras doenças que afetam a parte física e neurológica.
Uma pesquisa feita pelo Instituto de Psiquiatria da USP mostra que, num grupo diagnosticado com fobia social, houve redução média de 55% nas crises de ansiedade graças à ajuda da realidade virtual. Para testar a eficácia da tecnologia, um programa de computador trazia imagens em 3D de algumas situações que causariam desconforto para o grupo. A diminuição significativa das crises, segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, pode ser relacionada ao fato de que a realidade virtual expõe uma pessoa à mesma cena inúmeras vezes até que ela se sinta confortável, o que acaba sendo uma vantagem quando se compara o tratamento aos progressos alcançados pelos métodos convencionais.
Como se relaciona com experiências paralelas em um mundo digital, a realidade virtual concebe a chance de imersão em um ambiente totalmente planejado. Cada vez mais utilizada para tratamentos, os resultados são animadores, transformando a maneira de se combater uma doença, seja ela física ou mental, já que especialistas estão se aprimorando em administrar a experiência que se confunde com a realidade. Fonte: R7 Notícias.
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