“Não se trata do consumo indiscriminado, mas em doses muito baixas e muito esporadicamente. (…) O problema é como essas substâncias serão monetizadas pela indústria farmacêutica, pois interessa para eles lucrar com algo que só será usado de vez em quando?”, questiona. É claro que o cenário político no Brasil também não contribui nada para o que Sidarta chama de “renascimento psicodélico” – não só por conta do conservadorismo mas também pelos cortes na educação.
Na mesma entrevista, Sidarta traz questões bem interessantes a respeito da importância do sono e do sonho, baseado em seus 30 anos de pesquisa sobre isso: “Em nosso modelo de educação, as pessoas aprendem, fazem uma prova para descarregar todo o conhecimento e depois esquecem tudo o que aprenderam. Isso ocorre pela maneira como é feito o aprendizado, sem valorizar o sono como um meio de fixar as memórias. Existem estudos no Instituto do Cérebro que apontam para a importância do sono no aprendizado escolar. Porém, no sentido contrário, somos levados a abandonar tudo aquilo que é natural, como nossa capacidade de dormir e de sonhar. E buscamos a solução em medicamentos para dormir e depois para ficar acordado”. (segue…) Fonte: Outra Saúde.
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