sexta-feira, 11 de outubro de 2019

O que sei sobre a maconha e parkinson

Porto Alegre, 11 de outubro do ano da graça de 2019 - Preliminarmente.
Como aqui vou fazer uma confissão, tenho que colocar no contexto: Tenho 63 anos, 20 de parkinson, dbs há uns 12.

E eu só aguentei até aqui por causa do dbs e da maconha.

Já usei Prolopa (aqui erroneamente como sinônimo de levodopa) durante muitos anos, sempre num equilíbrio instável, seja mental ou físico. O efeito co-lateral do “off” é a pior coisa que já experimentei nessa vida. Gera uma depressão profunda e como dizia antigamente a bula do Prolopa: “causa ideações suicidas”. Portanto depois que reposicionei os eletrodos e estes passaram a funcionar maravilhosamente bem, nunca mais pús um Prolopa na boca. Ele e nenhum outro coadjuvante. Me livrei dos efeitos colaterais dos remédios, LIVRE! Então Prolopa não foi solução para mim, e sim, como para todos, um paliativo.

Já usei canabidiol em gotas, deu um certo alívio nas dores, um paliativo.

Já fumei cigarro eletrônico (e-cigar) com THC. Ótimo, com três baforadas tu ficas pronto, parece que nunca teve parkinson na vida. Se não fosse pela possível falsificação do refil com contaminantes, seria o mais prático, bastando colocar o refil adequado e vaporizar, não seria preciso ir ao tráfico, basta ir na fronteira e quase pronto. Lembro que e-cigar é proibido no Brasil.

Já usei maconha fumada. Libera o CBD e entre outras pragas, o THC, o culpado de tudo, que provoca efeitos alucinógenos, enfim, dá um barato bom. Por enquanto é meu eleito apesar de todos os pesares, como ter que comprar do tráfico e tudo que representa. Me desculpem os puristas, mas esta é a verdade. Tem que se chapar um pouquinho para esquecer, mesmo que por pouco tempo, o que é a ter como companhia o Míster Parkinson.

Concluo que só CBD não ajuda muito, tem que ter um teor de THC. A senadora Mara Gabrilli, PSDB-SP, também faz esta observação, ou seja, CDB sozinho não funciona tão bem.

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