sábado, 19 de outubro de 2019

Notícias que vem da Inglaterra me fazem pensar. (A Palestra)

Primeiramente aquela referente à observação de que o tiro ao alvo ajuda, ou inibe o tremor do Parkinson. Muito curioso, pois qualquer um que já tenha atirado sabe, que até a respiração atrapalha.

“Segundamente” saber que o Reino Unido legalizou a maconha medicinal em outubro de 2018, mas as diretrizes extremamente rigorosas do NHS impediram os médicos de prescrevê-la a todos, exceto a um punhado de pacientes que obtiveram aprovação especial. E isto está sendo reavaliado.

Ora vejam caros leitores, isto implica numa amplidão de interpretações. Vai desde o uso de armas como tratamento para o parkinson, até a liberação da maconha. A nós brasileiros, tão apegados a tabus, pode parecer uma ofensa, mas acreditem, são opções factíveis num país desenvolvido. Se não fossem os políticos que nos representam portadores de preconceito, tudo poderia ser melhor.

A questão das armas é a mais, ou a menos polêmica.

Quando eu era guri, lá pelos 12 a 16 anos, meu pai tinha um mosquetão com retranca cedido pelo meu tio, que era militar. Devolvida depois e não me lembro como chegou e como foi devolvida. Acho que pela FAB. Não me lembro como se comprava munição “espalha chumbo”, mas sei que fiz muito tiro ao alvo, que era fácil acertar, afinal era “espalha chumbo”, e tinha pátio em casa. Coisa esta que não consegui reproduzir para meus filhos, criados em apartamento. Talvez daí resulte a atual rejeição coletiva às armas, a falta de familiaridade com as mesmas. Aliás, com quem estará esta arma, se existe ainda ou foi entregue na campanha do desarmamento? Meu primo do Rio deve saber e conhecendo-o como conheço, não entregou.

Pessoalmente creio que quanto mais armas circulando, maior a criminalidade, ou o contrário não?

Isto tudo pra dizer que estou pensando o que dizer na palestra que fui convidado a dar no X Encontro das Associações de Parkinson do Brasil, promovido pela APARS dia 26/10/2019 / Teatro AMRIGS das 12:10 até 12:20 sobre o tema O que a cirurgia mudou na minha vida?

Acho que será uma brainstorm aleatória de lições de vida que o parkinson me fez viver. Talvez toque num tema tabú, a maconha, que é tratada com muito preconceito e inclusive com estudos que reinventam a roda. Com CBD puro ou enriquecido com algum teor do “maldito” THC. Qual a proporção ideal?

Mas afinal o que a cirurgia mudou na minha vida? Digo com todas as letras: Me libertou da Levodopa.

Dizem os médicos que se deve ficar tomando uma dose mínima de Levodopa após a implantção dos eletrodos. Eu, graças a Deus, não precisei, isto após um cirurgia de reimplante de um eletrodo, originalmente implantado deslocado do alvo.

Então, o fato de não depender da Levodopa, mudou minha vida. Não estar dominado e subjugado pelos “ons” e “offs” do medicamento representou uma “quebra de grilhões” que represento por esta figura,
O que o dbs me fez sentir em relação à Levodopa.

É tudo que tenho a dizer. Muito obrigado. Poderia falar no futuro, especular, mas em 10 minutos é o que dá para debater.

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