JUNE 21, 2019 - Mais de três décadas atrás, os cientistas descobriram que uma substância química encontrada em um opióide sintético, o MPTP, induz ao aparecimento de uma forma da doença de Parkinson. Em um novo estudo conduzido por cientistas da Escola de Medicina Veterinária, pesquisadores descobriram que uma enzima no corpo pode metabolizar compostos formados no cérebro a partir de alcalóides presentes em certos alimentos e tabaco em substâncias químicas semelhantes a MPTP, desencadeando uma condição neurodegenerativa em camundongos.
Os pesquisadores, liderados por Narayan Avadhani e Mrittika Chattopadhyay, sugerem que a enzima CYP2D6 mitocondrial apresenta um novo alvo potencialmente poderoso para o tratamento de Parkinson.
"Ao longo das últimas duas ou três décadas, os pesquisadores tentaram inibir o processo pelo qual eles acreditavam que o MPTP teria sido metabolizado, com sucesso misto", diz Avadhani. "Acreditamos que o CYP2D6 mitocondrial é o alvo mais direto da droga, que pode se mostrar melhor no tratamento da doença de Parkinson idiopática".
O estudo, que aparece no Journal of Biological Chemistry, investiga o mecanismo da doença de Parkinson quando uma causa específica não pode ser identificada, que é a maioria dos exemplos da doença induzida quimicamente.
Estudos anteriores mostraram que o MPTP e compostos tóxicos similares induzem a doença de Parkinson em roedores e primatas. O mecanismo de ação, como os cientistas entenderam, envolveu os compostos sendo oxidados para formar o MPP +, um metabólito tóxico. A enzima que se acreditava ser responsável é chamada de monoamina oxidase B (MAO-B), presente nas células gliais do sistema nervoso. Nessa concepção do mecanismo, pensava-se que o MPP + fosse transferido para os neurónios dopaminérgicos pelas proteínas transportadoras da dopamina e, de fato, o Parkinson é caracterizado por níveis de dopamina anormalmente baixos no cérebro.
Pesquisadores tentaram conter os efeitos da doença de Parkinson, tendo como alvo dois jogadores nesta presumível via, tanto a MAO-B quanto a proteína transportadora da dopamina, com apenas sucesso misto.
No entanto, o estudo liderado por Penn implica um mecanismo totalmente separado. Em trabalhos anteriores, Avadhani e colegas mostraram que a enzima CYP2D6, localizada nas fábricas de energia do corpo, a mitocôndria, poderia desempenhar um papel na metabolização de MPTP em MPP +. Na nova investigação, eles analisaram mais de perto as beta-carbolinas e isoquinolinas, toxinas que se assemelham ao MPTP que o corpo produz de substâncias encontradas na fumaça do tabaco, álcool e alguns alimentos.
Eles descobriram que, em vez da MAO-B, era a CYP2D6 mitocondrial que ativava as beta-carbolinas e as isoquinolinas dentro dos neurônios produtores de dopamina, em vez das células gliais. Essa via de ativação, em um modelo de camundongo, resulta em dano neuronal e estresse oxidativo, sintomas semelhantes aos de Parkinson. Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: MedicalXpress.
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