Decidi, apesar da companhia de Mr. Parkinson, caminhar diariamente entre as guaritas de salva-vidas 130 e
137, ida e volta, o que dá uns, calculo, 3.400 metros. Antes das 8
horas já estou na praia.
As técnicas que
emprego para vencer tão “vasta” distancia, são basicamente
acompanhar o ritmo de passantes no mesmo sentido. Às vezes consigo
acompanhar o ritmo dos velhinhos, às vezes não. Aí vou lá cantar
mentalmente um-dois feijão com arroz, très-quatro, feijão no
prato, … Aumentando o velocidade da letra e tentando acompanhar com
os passos, que diga-se, estão cada vez mais lentos.
Mas temos que lutar.
Tenho caminhado diariamente desde 5a feira da semana passada, tendo
hoje completado 7 dias. Vou tentar melhorar a performance em tempo.
Minha meta, já que levo mais ou menos 1 hora e meia neste trajeto,
incluídas a ida e a volta da casa à praia e vice-versa.
Mas, nestas
caminhadas observei um fato curioso: 9 em cada 10 passantes pela
praia portam um par de chinelos nas mãos.
Disposto a eliminar
este estorvo das mãos, decidi deixar os meus chinelos junto a uma
bandeirinha do salva-vidas, Fazer o meu trajeto e na volta pagar os
chinelos.
Dia desses, ao
acompanhar minha mãe, 85, à praia, antes da minha caminhada, sugeri
a ela que deixasse seus chinelos, de oncinha, junto aos meus, solado
amarelo, tiras verdes e uma bandeirinha do Brasil.
- Imagina! Vão
roubar meus chinelos!
Então fiz uma
aposta com ela. Se voltássemos do passeio e meus chinelos estivessem
no lugar, acreditaríamos e teríamos fé na humanidade, caso
contrário estaria tudo perdido (os chinelos) e não levaríamos mais
fé na humanidade.
Resultado. No Imbé,
pelo menos, continuamos a acreditar na humanidade.
E me pergunto. Carregar chinelo na beira da praia será um fetiche?
(*) sem nenhum demérito
(*) sem nenhum demérito
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