September 4, 2018 - Novo trabalho de pesquisadores da Faculdade de Médicos e Cirurgiões da Universidade de Columbia, em Vagelos, lança luz sobre como os receptores de dopamina sinalizam dentro das células, abrindo a porta para terapias mais direcionadas - e mais toleráveis - para tratar uma série de distúrbios neuropsiquiátricos.
As descobertas do estudo foram publicadas na revista Molecular Psychiatry.
Os receptores de dopamina do sistema nervoso central desempenham um papel crítico em uma variedade de processos neurais, incluindo controle motor, aprendizado e memória e recompensa. O foco deste estudo, o receptor de dopamina D2 (D2R), é um alvo importante no tratamento de distúrbios como a esquizofrenia e a doença de Parkinson. Drogas usadas para tratar essas condições bloqueiam ou ativam esses receptores para tratar a sinalização disfuncional do receptor. As drogas antipsicóticas que têm como alvo D2Rs, no entanto, podem ter muitos efeitos colaterais desagradáveis, incluindo ganho de peso, movimentos involuntários e diminuição da motivação.
Os cientistas sabem que os D2R enviam sinais através de duas vias principais dentro das células - seja pela ativação de proteínas G ou pela sinalização de arrestina independente da proteína G. Estudos recentes de receptores de opióides - direcionados para o alívio da dor - sugerem que pode ser possível manter os efeitos terapêuticos, evitando efeitos colaterais negativos, como depressão respiratória, ativando seletivamente a via de sinalização da proteína G. "Perguntamos se essas vias de sinalização também podem levar a diferentes efeitos comportamentais no D2R, e se isso pode fornecer uma nova abordagem para drogas antipsicóticas melhoradas com menos efeitos colaterais", diz o Dr. Jonathan Javitch, professor de Terapêutica Experimental em Psiquiatria e Lieber professor de farmacologia na Universidade de Columbia Vagelos College of Physicians and Surgeons.
A fim de determinar se as duas vias regulam diferentes comportamentos, os pesquisadores examinaram camundongos que foram projetados para transportar um D2R mutado que apenas facilitou a via de arrestina. Nesses camundongos, o receptor de dopamina mutante restaurou a função motora exatamente como a forma não mutante do receptor, indicando que o recrutamento de arrestina pode melhorar a função motora por conta própria. Em contraste, a motivação foi aumentada apenas pelo D2R de tipo selvagem. "Esta descoberta foi bastante animadora, pois indica que o componente ativador da motivação que aumenta a locomoção é regulado por um mecanismo intracelular diferente do componente direcional dirigido à recompensa", diz o Dr. Christoph Kellendonk, professor associado de farmacologia (em psiquiatria) da Universidade de Columbia. Vagelos College of Physicians e Surgeons. "Para o primeiro, a sinalização de arrestina é suficiente, enquanto a última requer ativação de proteínas G".
"Esses resultados oferecem a excitante possibilidade de que abordagens terapêuticas direcionadas a vias específicas de sinalização mediadas por D2R possam não apenas tratar a psicose, mas também evitar alguns dos efeitos colaterais adversos experimentados pelos pacientes que tomam os medicamentos existentes e menos direcionados", diz Javitch. Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Science Daily.
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