sexta-feira, 6 de julho de 2018

Estudo para diagnóstico precoce de doença de Parkinson pode revolucionar medicina, diz professor

Dr. Ramatis de Oliveira coordena trabalho realizado na Univates, que foi contemplado pelo SUS pelo Projeto Pesquisa com R$ 54.289,43.

05/07/20180 - De acordo com Oliveira, o objetivo do projeto é identificar marcadores moleculares que permitam a montagem de um ”kit”, para aplicação no SUS, visando ao diagnóstico prévio da doença de Parkinson em pacientes que apresentam sintomas neurológicos ”não motores” da doença, porém não apresentam a degeneração característica da enfermidade.

Ouça áudio da entrevista aqui.

Segundo o professor, a ideia é realizar a comparação entre usuários do HBB. “Vamos pegar pacientes que não tenham nenhum sintoma de Parkinson, alguns que tenham sintomas, provavelmente, apresentados cerca de dez anos antes segundo nossa pesquisa, e pegaremos pacientes com estado avançado da doença. Utilizaremos o sangue deste grupo para fazer uma comparação entre os sangues para tentar detectar moléculas comuns. Realizaremos este estudo com equipamentos que existem em hospitais da região. Então este estudo pode ser revolucionário.”

O pesquisador acrescenta que a detecção prévia de tal patologia, além de ser uma revolução na medicina atual, seria uma ferramenta inestimável à prevenção e possibilidade de desenvolver novas terapias preventivas acessíveis à população brasileira.

Cerca de 90% dos casos de Parkinson são de origem desconhecida, o que faz com que o acerto do diagnóstico prévio por parte do profissional de medicina seja muito difícil, sendo urgente a necessidade de um marcador molecular definitivo para suprir essa deficiência.

Outro fato importantíssimo é que a doença de Parkinson é neurodegenerativa irreversível, ou seja, uma vez perdidos os neurônios envolvidos na patologia, não há maneira de recuperá-los ou substituí-los, limitando as terapias apenas ao manejo dos sintomas,

Conforme Oliveira, essas terapias preventivas poderiam retardar o aparecimento da doença, bem como, possivelmente, impedir totalmente o seu aparecimento. Além dos benefícios para o paciente, o pesquisador destaca que o investimento em kits de diagnóstico seria muito inferior aos custos com medicação, internação, atendimento e atenção a pacientes com Parkinson. Fonte: Independente.

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