15-02-2018
- Estamos, eu e a Marília
(minha esposa) em
Florianópolis, e
hoje vamos almoçar com o Marcílio. O Marcílio é um cara
legal. É sociólogo, professor aposentado devido
ao Parkinson pela UFSC,
um dos fundadores da APASC, foi consultor
da OIT da Onu,
morou em Brasília, em Moçambique e atualmente mora em
Florianópolis. Foi um dos criadores da CBO
(Classificação Brasileira de Ocupações), que teve sua época, e
meio que organizou as relações capital x
trabalho a seu tempo. Eu, que tinha como profissão Engenheiro
de Segurança do Trabalho, muito me vali da CBO.
A maneira como
conheci o Marcílio foi no mínimo muito
curiosa. Nos conhecemos através da Internet, no site amigo Gamp
(Grupo de Ajuda Mútua em Parkinson), até
então patrocinado pela multimilionária farmacêutica Roche, que
hoje parece ter nos abandonado apesar das
grandes vendas do Prolopa.
Pois é, ao invés
de conhecer uma loira gostosa
através da internet, vim a conhecer o Marcílio. Combinamos de
um dia nos encontrarmos em Florianópolis quando viéssemos, Marília, Marcílio, Lígia, sua
esposa e eu. Ficaríamos em casa de gentis amigos que nos abrigariam.
Tinhamos combinado
que voltaríamos
numa segunda feira à Porto Alegre. Isso
era fevereiro de 2004.
Bem,
os dias foram passando e eu protelando. Vai que ver
que o casal é chato, uns
mala sem alça, pois afinal ele era um sociólogo e ela uma advogada,
e poderiam vir
com papos cabeça entediantes. Afinal deixamos para visitá-los na
véspera do retorno, assim não teríamos a chance de sermos
obrigados a repetir a visita.
Para
minha surpresa foi um entedimento perfeito.
Conversamos bastante sobre o nosso mal comum, a doença de parkinson,
particularmente sobre o método alternativo que vínhamos comungando,
o método de Janice Walton-Hadlock, com aplicação de Tui Na,
que infelizmente não encontramos quem o aplicasse adequadamente no
Brasil e afinal, não sabemos se bem
aplicado, seria eficaz.
Em
julho de 2004 fomos convidados pelo novo casal amigo a passar uma
semana em Florianópolis. Desta feita fomos de avião. Fomos recebido
no aeroporto pelo casal que nos deu a chave de um carro e as chaves
de sua casa em Jurerê Internacional, para usarmos, carro e casa,
como bem entendêssemos.
Nessa
época eu ainda não tinha me aposentado e não tinha muito
conhecimento de internet. Marcílio
tinha montado este
blog, ora com o nome de maldeparkinson. Decidiu me nomear
administrador para dividir um pouco as tarefas e se aliviar um pouco.
De lá p´ra cá assumi gradualmente o blog e graças ao visionário
Marcílio, o blog se tornou um importante meio de troca de
informações da comunidade “parkinsoniana”.
Em
2006 quando decidi mexer no “santuário das idéias”, na
definição do próprio Marcílio, ou seja, fazer dbs, Marcílio
pegou avião e foi à Porto Alegre acompanhar minha cirurgia. Assim,
de forma inusitada,
nasceu uma grande amizade. Hoje Marcílio tem duas cuidadoras, uma
durante o dia, outra à noite, e está sobre cadeira de rodas, bem
amparado pela Lígia. Teve um breve período de “on” no qual
compartilhamos o almoço em Cacupé,
Florianópolis. FORÇA MARCÍLIO!

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