sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Efeitos Fisiológicos dos exercícios para a doença de Parkinson

por Ricardo Panizza

27 de outubro de 2017 - Já descrevemos os cuidados iniciais que o educador físico ou o fisioterapeuta devem tomar ao iniciar um programa de exercícios físicos para tratamento da Doença de Parkinson.

Neste artigo, descreveremos os efeitos fisiológicos que a Atividade Física Planejada propicia ao portador da doença.

Os principais objetivos são:

preservar e manter as funções dos indivíduos em alto nível;
melhorar a função motora, incluindo a iniciação e ampliação do movimento e estabilização do tronco;
reduzir o tremor e a rigidez;
melhorar atividades de vida diária;
prevenir complicações secundárias, causadas pela atrofia muscular ou mudanças na postura.
Com relação aos efeitos psicológicos, está em destaque:

a sensação de bem estar;
os hormônios antidepressivos (serotonina, endorfina), naturalmente liberados pelos exercícios, podem diminuir os sintomas de depressão, doença comumente associada à Parkinsonianos.
Outro declínio característico é em relação à resistência aeróbia geral, quando estimada por meio dos níveis de VO2max (volume de oxigênio). Estes valores podem apresentar um déficit de 1% a cada ano de vida. Porém, em indivíduos fisicamente ativos, este declínio pode ser menos acentuado.

O aumento da mobilidade pode, de fato, modificar a progressão da doença e impedir contraturas, além de ajudar a retardar a demência. A prática de atividade física regular leva a uma diminuição da mortalidade da doença em questão.

Portanto, além de diminuir a progressão da lentidão dos movimentos, rigidez muscular, instabilidade postural e desequilíbrio, um programa planejado pode gerar efeitos fisiológicos capazes de diminuir a vulnerabilidade da dopamina a agentes agressores.

A dopamina é neurotransmissor que facilita as conexões neurais ligadas ao controle da atividade motora relacionada à contração muscular. A Doença de Parkinson se caracteriza pela sua deficiência. O Exercício Físico pode reduzir a vulnerabilidade desses neurônios dopaminérgicos à ação da 6-hidroxidopamina, uma neurotoxina que pode seletivamente destruí-los.

Essa proteção seria devida, em parte, ao aumento da disponibilidade do GDNF, fator neurotrófico derivado das células da glia. As células glia fazem parte do Sistema Nervoso e possuem a função de suporte ao Sistema Nervoso Central, estimulando certas cascatas de sinais que participam da proteção celular.

Na próxima semana apontaremos os exercícios mais adequados para o portador da Doença de Parkinson. Fonte: Idosos.

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