Peregrinação em busca de exame
Com consulta marcada para o próximo mês, Gilson necessita do exame que, desde agosto, tenta conseguir. “Para que o médico entenda o funcionamento do meu cérebro, necessito deste exame. Tomo mais de seis medicações diárias e os tremores pioram a cada dia. A falta deste exame está comprometendo meu diagnóstico correto. Mas, para realizá-lo, preciso ser anestesiado, já que os tremores são involuntários. Só que o município não faz esse exame. Me pediram para levar um anestesista. Não tenho a menor condição de contratar um profissional se o salário que ganho é todo para comprar remédio”, disse ele, que trabalhava como lanterneiro e hoje recebe um salário do auxílio doença do Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS).
Ainda segundo Gilson, os problemas começaram em 2013, quando sua família começou a notar dificuldades em sua locomoção. “Busquei médicos no posto e o encaminhamento demorou mais de oito meses. Através de um conhecido, consegui atendimento no Huap, que fechou esse diagnóstico de síndrome de Parkinson. Fico muito triste em não receber auxílio necessário em meu município. Sou nascido e criado nesta cidade e estou abandonado. Não temos direito a nada. Não aguento mais esses tremores. Não escolhi estar assim. Mas se estou, mereço, no mínimo, tratamento em minha cidade”, reclamou.
A secretaria municipal de Saúde informou que o Estado não tem convênio para a realização deste serviço, mas alega que o atendimento ao paciente já está sendo agendado. Fonte: O São Gonçalo.
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