quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Interrupção da rede cerebral no Parkinson resulta em deterioração cognitiva

December 14, 2016 - A ressonância magnética pode mostrar interrupções nas redes cerebrais no cérebro de pessoas com doença de Parkinson (DP) que têm comprometimento cognitivo, de acordo com um estudo publicado em Radiology.

Pesquisadores da Itália, Sérvia e Holanda realizaram um estudo prospectivo para comparar o encadeamento cerebral estrutural em 54 pacientes com DP e comprometimento cognitivo leve (MCI) e 116 pacientes com DP sem MCI. Quarenta e um controles saudáveis ​​também participaram do estudo. Todos os sujeitos foram submetidos a tractografia determinista de difusão-tensor e uma estatística baseada em rede foi utilizada para avaliar as diferenças de conectividade estrutural entre os grupos.

"A deficiência cognitiva na DP é uma das principais complicações não-motoras da doença, bem como uma das principais preocupações dos pacientes e dos cuidadores no momento do diagnóstico", afirmou a co-autor Federica Agosta, MD, PhD. "O estudo das alterações relacionadas ao comprometimento cognitivo na DP é imperativo para poder responder às perguntas dos pacientes e, finalmente, ser capaz de prever o desenvolvimento futuro dessa condição".

Os resultados mostraram que os pacientes com DP e MCI apresentaram alterações na rede global quando comparados com os indivíduos controle e com pacientes com DP sem MCI. Em relação aos indivíduos de controlo, os doentes com DP e MCI tinham uma grande rede de gânglios basais e frontoparietal com diminuição da anisotropia fracionária (AF) no hemisfério direito e uma sub-rede com difusividade média aumentada envolvendo regiões semelhantes bilateralmente.

Os indivíduos com DP, mas não MCI, apresentaram diminuição da FA, incluindo gânglios basais e regiões frontotemporoparietais bilateralmente, em comparação com aqueles com MCI. Resultados semelhantes foram obtidos ajustando-se para a incapacidade motora, os pacientes com DP e MCI não apresentaram alterações de rede em relação aos pacientes com DP sem MCI. Utilizaram-se valores de FA de rede e MD para diferenciar pacientes com DP e MCI de indivíduos de controlo saudáveis ​​e doentes com DP sem MCI com exatidão justa a boa.

Os pesquisadores sugeriram que esses achados podem oferecer marcadores para diferenciar os pacientes com DP com e sem déficits cognitivos. "Se confirmado e replicado por outros estudos, esses resultados sugerem o uso de ressonância magnética em DP para apoiar os clínicos no monitoramento da doença e prever a ocorrência de complicações cognitivas", disse Agosta. Mais estudos estão planejados. Original em inglês, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Cancer Network.

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