quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Proteína do soro do leite pode fornecer benefícios para pacientes com Parkinson

14/09/2016 - O primeiro estudo para testar a proteína do soro do leite em pessoas com a doença de Parkinson mostrou que o consumo pode beneficiar certos biomarcadores. Publicado no Journal of the Neurological Sciences, a equipe de pesquisa investigou os efeitos bioquímicos e clínicos da proteína do soro do leite em pessoas com a doença de Parkinson – descobrindo que a suplementação a nível de 20 gramas por dia por seis meses teve um efeito benéfico significativo nos biomarcadores da doença, incluindo níveis mais altos no plasma sanguíneo de glutationa reduzida e menores níveis de homocisteína.

proteína do soro do leite - doença de Parkinson

Entretanto, a equipe, liderada por Piyaratana Tosukhowong, da Universidade Chulalongkornm da Tailândia, reportou melhoras não significantes nas medidas de resultados clínicos vistas no estudo piloto.

“Essas mudanças bioquímicas podem ser benéficas para melhorar o estresse oxidativo, estimulando a síntese de proteína muscular e reduzindo os riscos de problemas cognitivos e demência. O efeito clinicamente significativo de redução da homocisteína plasmática (Hcy) após a suplementação com proteína do soro do leite pode ser avaliada em estudos clínicos com resultados objetivos antes da adoção dessa abordagem na prática clínica diária”.

“Estudos clínicos de larga escala, prospectivos e randomizados são necessários para avaliar mais o potencial de suplementação como parte de um gerenciamento dos pacientes com Doença de Parkinson”.

O estudo em escala piloto, duplo cego e controlado por placebo visou investigar os efeitos da suplementação com isolado da proteína do soro do leite por seis meses na glutationa plasmática, aminoácidos plasmáticos e Hcy em pacientes com doença de Parkinson.

As medidas de avaliações dos resultados clínicos, incluindo a escala de classificação unificada da doença de Parkinson (UPDRS) e a absorção de fluoroDOPA-(18F) (FDOPA) também foram avaliadas antes e depois da suplementação, disse a equipe. No total, 15 pacientes receberam proteína do soro do leite e 17 receberam proteína de soja como suplementação, esses últimos servindo como controle.

De acordo com os pesquisadores, a suplementação com proteína do soro do leite em 20 gramas por dia por seis meses resultou em aumentos significativos na concentração plasmática de glutationa reduzida. “Isso foi associado com uma redução significativa dos níveis plasmáticos de homocisteína”, disse a equipe – notando que os níveis plasmáticos da glutationa total não mudaram significativamente em cada grupo. A glutationa, ou GSH, é um antioxidante encontrado em todas as células corporais. É amplamente conhecida por controlar os radicais livres. A maior parte da glutationa no corpo está presente em sua forma reduzida por ser esta a única maneira de poder realizar seu papel crítico.

Os níveis de plasma de aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA) e aminoácidos essenciais (EAA) também mostraram aumentos significativos somente no grupo suplementado com soro do leite. Além disso, medidas de resultados clínicos não melhoraram significativamente em nenhum grupo. “Entretanto, foi observada uma correlação significativamente negativa entre UPDRS, BCAA e EAA plasmáticos em pacientes com Doença de Parkinson pré-suplementados”.

As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint. Fonte: MilkPoint.

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