Pesquisa poderá resultar em nova frente de tratamento
30/09/2016 - A baixa produção de dopamina está ligada ao surgimento do Parkinson, doença degenerativa que causa tremores, diminuição dos movimentos voluntários e instabilidade postural. Entender como se dá esse processo no cérebro, porém, intriga cientistas. Um grupo dos Estados Unidos, em parceria com uma brasileira da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), parece ter avançado nesse sentido. Eles identificaram uma proteína, a alfa-sinucleína, que, em excesso no cérebro, interrompe a produção de dopamina e o que está por trás desse acúmulo. Detalhes do estudo foram divulgados na edição desta semana da revista Science. A expectativa é de que eles ajudem na criação de tratamentos mais eficazes para o problema, que atinge de 1% a 2% da população mundial com mais de 65 anos.
Os autores usaram como base trabalhos anteriores que encontraram grandes quantidades de alfa-sinucleína em cérebros autopsiados de pessoas que tiveram Parkinson. Também escolhido como referência, um estudo feito por cientistas da Universidade de Goethe, na Alemanha, mostrou que a doença progride por meio de agregados dessa proteína. Eles acabam afetando estruturas cerebrais responsáveis pelo movimento e por funções básicas, como a memória e o raciocínio. “Houve muito ceticismo no começo, mas, em seguida, outros laboratórios mostraram que a alfa-sinucleína pode se espalhar de célula a célula”, declarou, em comunicado à imprensa, Ted Dawson, principal autor do estudo e diretor do Instituto de Engenharia Celular da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos. Fonte: Correio Braziliense.
A notícia não é nova, mas esta mostra a presença brasileira no estudo, e isto é novo!
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