09/09/2016 - As promessas são muitas. A acupuntura ajuda a mitigar de cefaléias a enxaqueca, de tendinite a bursite, de alergias respiratórias a osteoartrite. À extensa lista de benefícios anunciados, um estudo realizado na Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp atesta que uma variação da técnica chinesa milenar é útil também no combate aos efeitos do Parkinson.
Contra os sintomas, agulhas, ou melhor, cranioacupuntura, defende o pesquisador Leandro Turati, que decidiu ampliar as suas intervenções fisioterápicas a partir das queixas dos pacientes que já atendia.
Tratamento milenar oriental ajuda a amenizar sintomas de Parkinson, constata estudo
Para o estudo, coordenado pela terapeuta ocupacional Heloisa Gagliardo, do Programa de Pós-graduação em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação da Unicamp, Turati contou com uma amostra confiável de voluntários que passaram por vinte sessões de tratamento com a cranioacupuntura de Yamamoto.
Em cheque, a qualidade de vida e a funcionalidade de pacientes com Parkinson, que afeta cerca de 1% da população mundial acima de 55 anos. Crônica, degenerativa e progressiva, a doença é caracterizada principalmente por tremores em repouso, rigidez muscular, redução da mobilidade, alterações posturais e na marcha.
A avaliação de Turati incluiu os graus de comprometimento em relação à doença e de percepção da dor, um questionário sobre a qualidade de vida pós-doença e atividades funcionais relativas à mobilidade e capacidade motora.
Com acometimento de leve a moderado e de acordo com queixas individuais, cada paciente fez duas sessões de cranioacupuntura por semana, durante dez semanas consecutivas. A partir dos depoimentos, Turati constatou evolução positiva em quase todos os quesitos analisados antes e depois do tratamento: melhora dos movimentos, aumento da flexibilidade e diminuição da dor.
O processo é simples. As agulhas são aplicadas no escalpo do paciente em áreas específicas do crânio e estimuladas pelo terapeuta ou por eletroestimulação. O objetivo é regularizar as informações cerebrais.
A medicina tradicional chinesa, pela forma holística de enxergar os pacientes, garante acolhida, segundo Turati. Os resultados não são estatísticamente expressivos, o pesquisador pondera. Mas foram suficientes para demonstrar que a técnica pode contribuir para dar mais qualidade de vida aos pacientes. Sem contraindicações, tem a vantagem de apresentar baixo índice de efeitos colaterais. Fonte: Globo G1.
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