Apesar de já há 14 anos sofrer de Parkinson Juan Manuel Periche, não despreza ou ridiculariza o sofrer diário por causa de sua doença
2016/06/03 | LAURA RIERA | IBIZA Apesar de já há 14 anos Juan Manuel Periche (Jaen, 1955) sofrer de Parkinson, ele não se acostuma com desprezo ou ridicularização que sofre diariamente por causa de sua doença. A falta de dopamina no organismo provoca falta de coordenação em seus movimentos. Por não andar em linha reta pela rua, ele teve que suportar ser chamado de bêbado. Ao travar em um cruzamento com faixa de segurança, como resultado do bloqueio de suas pernas, ele deu gritos e, pior de tudo, seus tremores pareceram suspeitos a cinco policiais do Aeroporto de Orly, em Paris, que se lançaram sobre ele quando ele estava lá em setembro do ano passado. "Eles pensaram que eu fosse suspeito porque eu estava nervoso sobre algo que eu teria feito", lembra Periche, indignado cm mal-entendidos e ignorância sobre a doença de Parkinson. "Quando eles descobriram que eu tinha uma doença, eles se desculparam, mas com muitos maus modos. Além disso, não me deixaram apresentar uma queixa "crítica. Precisamente, os aeroportos são os lugares mais difíceis para ele. "Eu sempre armo uma confusão em verificações de segurança", diz ele sorrindo.
A desconfiança que desperta entre a polícia e o pessoal de segurança, provoca na rua ajuntamento de pessoas. "O que mais me dói é que mexem comigo e me olham errado", critica Periche, acrescentando que insultos e humilhações são sofridos de até mesmo por agentes da polícia local. "Uau “camburão” (n. do. t.: castaña, lunfardo para rádio-patrulha) para levar este homem!" Ele disse que ouviu de dois policiais com os quais ele passou um dia em uma calçada. "Eu estava prestes a responder, mas preferi não entrar em apuros", lembra ele.
Ele também afirma que nunca bebeu ou drogou-se e tem levado sempre uma "vida tranquila". "Quando eu tenho espasmos ou tremores é falta de dopamina, não bêbado! "Periche diz que está cansado de pessoas que confundem os sintomas da sua doença com os de uma pessoa bêbada e é justificado. "Eu estava prestes a colocar em um t-shirt que tinha escrito à frente “Não é o que você pensa” e atrás “é Parkinson” para relatar o que estava acontecendo comigo", diz este residente de Ibiza. Além disso, o pior dessas reações desagradáveis causadas pelas de pessoas é que alguns pacientes optam por ficar em casa para evitar o ridículo.
Não tem sido o caso Periche. Desde que foi diagnosticado com a doença, recebe uma pensão de invalidez total, e tenta manter uma rotina e ser ativo. Ele se levanta às seis horas, toma o café da manhã que é preparado e vai para a piscina nadar. "A natação relaxa muito meu corpo." Até um par de meses atrás, também ia de bicicleta, mas ele se assustou após um acidente último 31 de dezembro. "Eu quebrei os dois braços por causa da queda, agora eu prefiro praticar outros esportes", diz ele.
Após o exercício, ele se dedica a cuidar de seu jardim, onde ele plantou rosas, alecrim e louro, entre outras plantas. "Estou muito chateado e eu gosto de fazer as coisas", diz ele.
Alertas do Google
Ele também gosta de navegar na Internet. Embora o Parkinson por enquanto não tenha cura, você não perde a esperança de que seja encontrada uma solução no futuro. Para se manter a par das últimas pesquisas, criou um alerta do Google que notifica todas as notícias sobre o assunto em qualquer idioma, ele fala inglês, francês e alemão. "Eu acredito que o progresso nesta doença dependem de células-tronco", diz Periche, que garante que lê muito sobre a sua condição. "Eu trago um monte de dados para o meu neurologista", ele alega.
No entanto, ele lamenta não ser capaz de compartilhar essas informações com outras pessoas afetadas. "Nós não temos espaço para conhecer e discutir os nossos problemas", diz este andaluz, que vive em Ibiza há 19 anos. Segundo ele, seria "positivo" que houvesse uma associação de doentes de Parkinson.
Embora tenha o apoio de seus dois filhos, Lúcia e João, considera positivas reuniões com outros pacientes para compartilhar suas experiências e falar sobre os seus sentimentos. "Parkinson é uma morte lenta. Você vê que você está fora e as suas possibilidades são limitadas "Periche é sincero. "Eu perdi peso e força. Isso pode acontecer a qualquer um", reflete ele em voz alta. Original em espanhol, tradução Google, revisão Hugo. Fonte: Diario de Ibiza.
Também me interesso pela possível cura através de células-tronco. Se puder enviar algum material, eu agradeço. martins@pucgoias.edu.br
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