13/01/2016 - Washington - Os homens com níveis de ácio úrico mais elevados no sangue poderiam estar protegidos contra o mal de Parkinson, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira.
Estas pessoas tinham cerca de 40% menos riscos de desenvolver esta doença degenerativa incurável, que aqueles cujos níveis de ácido úrico eram mais baixos, determinaram os pesquisadores que analisaram três estudos, que envolveram mais de 90.000 participantes.
Os trabalhos aparecem na versão online da revista médica Neurology, da Academia Norte-americana de Neurologia.
"Estes resultados sugerem que o urato (ou ácido úrico) poderia proteger contra o mal de Parkinson ou retardar sua progressão nos primeiros estágios", explicou Xiang Gao, da universidade estatal da Pensilvânia e um dos autores.
"Estes estudos merecem uma maior investigação para determinar se, ao elevar o nível de ácido úrico nas pessoas no início da doença de Parkinson, seria possível frear sua progressão", afirmou.
O pesquisador considerou a hipótese potencialmente promissora dado que podemos facilmente aumentar o nível deste ácido no sangue mediante um custo baixo.
Mas é necessário ser prudente, já que as taxas excessivas de urato podem provocar a formação de cálculos renais e gota, lembrou.
Um total de 388 pessoas que desenvolveram Parkinson após o início destes três estudos foram comparadas com outras 1.267 participantes que permaneceriam com boa saúde.
Os homens que tinham baixos níveis de urato registravam menos de 4,9 miligramas (mg) por decilitro (dl) de sangue, enquanto os que tinham taxas mais elevadas tinham uma relação de 6,3 a 9 mg/dl, explicaram os especialistas. Os níveis normais são entre 3,5 e 7,2 mg/dl.
Os pesquisadores não constataram uma relação similar nas mulheres, que são geralmente menos afetadas pela doença.
Segundo a Fundação para a doença de Parkinson, até um milhão de pessoas sofrem com a doença e cerca de 60.000 pessoas são diagnosticadas anualmente, mas milhares de casos ficam sem diagnóstico.
De 7 a 10 milhões de pessoas no mundo sofrem de Parkinson, que se manifesta sobretudo entre os 50 e 70 anos e causa a morte das células cerebrais que produzem dopamina. Fonte: Zero Hora.
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