Vou subverter ligeiramente o conteúdo deste blog, destinado ao parkinson, dando-me ao direito de emitir opinião, uma vez estarmos carentes de idéias ou opiniões isentas, como pretensamente as tenho, e afinal livre pensar é só pensar, pois parkinsoniano também pensa, aliás é o que mais faz, ante a inoperabilidade funcional.
Vamos lá:
Este tão anunciado e repercutido embate de MMA, entre Conor McGregor e José Aldo, aliado à crise político econômica e institucional que nos assola, me faz pensar sobre o Brasil. Me lembro de slogan governamental de idos tempos, que dizia: Exportar é o que importa!
Me pergunto: Exportar p´ra quê?
Óbvio: para arranjar divisas lá fora p´ra pagar o dívida externa, que deve ser paga para evitar, dentre outras coisas, o arresto de bens brasileiros lá fora, e ter dinheiro p´ra pagar as importações.
Quanto ao arresto dos bens que valem alguma coisa, entendo serem aquelas do circuito helena rubenstain: Vide "O CIRCUITO HELENA RUBENSTAIN”: "… Quando escrevemos sobre fatos sociais, muitas vezes usamos o vasto recurso das alegorias. Alguns utilizam provérbios religiosos, outros, como no meu caso, a cosmetologia política para dar título a um artigo. Neste particular, o circuito mencionado está relacionado a aqueles que se movimentam nos parâmetros de intimidade nas relações privilegiadas com Nova York, Londres, Paris, Berlin e seus parceiros ideológicos. Fora desse contexto de sofisticação ocidentalizada, qualquer iniciativa que possa ser realizada entre países fora dessa órbita, sempre estará, segundo eles, condenada ao fracasso. É o caso da missão do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva sobre o acordo tríplice entre Brasil, Turquia e Irã…. Pelo sociólogo Victor Alberto Danich."
Partindo da premissa que a tese contida no artigo acima seja procedente, eu não me importaria, afinal, se o Brasil que não cuida do Rio Doce, que pretensamente seria zelado pela mineradora Vale do Rio Doce, multinacional que lucra muito com a exportação do minério de ferro (nosso 1.o item de exportação) e que a despeito disso não cumpre seu papel social (caso do Rio Doce), demonstra-se à exemplo dos treze segundos da resistência do José Aldo ante MacGregor, toda nossa fragilidade ante os concorrentes do mercado internacional, tanto quanto à almejada liderança política do mundo e geo-política da América do Sul, quanto à liderança econômica, e com isso perco o ordem de grandeza. Acho demasiadamente pretensiosa a idéia de tentar liderar ou articular uma nova ordem mundial, junto a Irans e Turquias da vida, e que é areia demais para nosso caminhãozinho. Enfim, a autoestima no Brasil foi pra série B. Não ignorando os profundos desníveis de civilização entre países e a barbárie do mundo, a questão muçulmana e do cabo de força polarizado entre Obama e Putin. Mesmo tendo a ciência, não tenho essa pretensão.
Devemos limpar o país, fazer um faxina, de caça aos corruptos, sejam eles quem forem, independente de cor, credo ou religião, partido político ou se é ou não coxinha ou petralha, enfim, como queiram taxá-los. Independente ser ou não ser da base aliada do governo, porque a fidelidade partidária é e sempre foi "um pouco volúvel". Impeachment cheira a golpe (botar quem, Tiririca?) e iremos vulgarizar a medida. Deixemos a Dilma teminar seu mandato, óbvio, com vigilância para evitar mais desvios. O atual quadro só tende a manter o país no marasmo e na inoperância, de mãos amarradas.
Uma opção de saída sem dúvida é o fortalecimento do mercado interno, com substituição de importações, do petróleo (nosso 1.o item de importação), aí residindo um grande entrave, pois o próprio governo e aliados oportunistas e predadores em geral, com suas políticas de troca de favores fragilizaram a Petrobrás, dizimando sua capacidade de investimento. A importação de automóveis, nosso 2.o item de importação, ouso dizer, para os ricos, pois classe média e pobre compra carro nacional, com os importados podendo serem mais taxados. É claro que não é tão simples, pois tem as contrapartidas, mas se tiver uma política clara a seguir pode se ir ajustando aos poucos.
Quero com isto me posicionar pelo zêlo doméstico, obviamente não fechando fronteiras, não nivelando por baixo a qualidade dos bens de consumo, mas com uma política de zêlo pelo que é nosso, nossa natureza, nossos recursos naturais, nossos recursos humanos, na educação do povo e pelo mercado interno, nossas únicas saídas! E bota longo prazo pra isto, é tudo questão de vontade política e acerto de rumo, difícil ante a volubilidade e oportunismos dos políticos legislativos.
Entrementes, por falar nestes, uma revolucionária lei acaba de ser aprovada no município de Canoas – RS. Assim fica tudo mais difícil! Tudo s.m.j, ou salve meu Jesus!
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