19/08/2015 - A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, começou a semana com um assunto indigesto: os agrotóxicos. Em audiência pública, especialistas alertaram que um terço dos alimentos consumidos pelos brasileiros está contaminado. E a Anvisa acompanha tudo com preocupação, mas pouca ação, segundo os especialistas. Os agrotóxicos usados na agricultura, no ambiente doméstico e em campanhas de saúde pública como inseticida estão associados a diversas doenças como o câncer, a doença de Parkinson e a depressão.
Na reportagem de Emanuelle Brasil, da Agência Câmara, o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Luiz Claudio Meirelles, alertou que “75% dos alimentos têm resíduos de agrotóxicos... que chegam a 17 diferentes tipos de agrotóxicos para o qual a ciência sequer tem ferramental para dizer como é que isso vai funcionar para a vida.”
A pesquisadora do Inca, Márcia Sarpa, propõe o fim dos subsídios públicos aos venenos e a implantação também nos municípios das vigilâncias em saúde dos trabalhadores expostos e da população. Segundo o Instituto Nacional do Câncer alguns herbicidas banidos do mercado internacional ainda têm livre trânsito no País. É o caso do glifosato, usado no plantio da soja geneticamente modificada, associado ao surgimento de câncer pela Organização Mundial da Saúde, e o mais consumido no Brasil.
O deputado Zeca do PT (MS), estado onde se consomem involuntariamente 40 litros de pesticidas/ano, quer apresentar um projeto de lei na Câmara “que determine que a propriedade em que for encontrado produto agrotóxico contrabandeado, com componentes que sejam proibidos no Brasil, seja passível de ser desapropriada para efeitos de reforma agrária.” Para ser comercializado no Brasil, o agrotóxico deve passar pela análise da Anvisa, vinculada ao Ministério da Saúde, e também dos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente. Fonte: Organics News Brasil.
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