22/06/2015 - Embora seja o sintoma mais conhecido, não são todos os pacientes com doença de Parkinson que apresentam tremores
A doença de Parkinson é uma doença neurológica que afeta, principalmente, o sistema motor. O que se sabe é que o Parkinson é decorrente da morte de células do cérebro, em especial da região da substância negra, que produz dopamina, um neurotransmissor responsável pelo controle dos movimentos. No entanto, ainda, há muitos mitos e generalizações, esclarece a neurologista Roberta Saba.
Conheça os principais mitos sobre a doença de Parkinson:
-Só idosos têm doença de Parkinson.
É mais comum a presença do Parkinson ao redor dos 60 anos de idade. Contudo, há casos de surgimento precoce que acometem o paciente por volta dos 40 anos.
-Todo paciente com doença de Parkinson apresenta tremores.
O tremor de repouso é um sintoma muito comum nos pacientes com doença de Parkinson, entretanto, nem todos os pacientes o apresenta. Há pacientes em que o tremor de repouso é predominante, porém em outros a bradicinesia (lentidão do movimento) e a rigidez são os sintomas que predominam. É importante ressaltar que para o diagnóstico de doença de Parkinson é obrigatória a presença da bradicinesia e não do tremor de repouso.
-Parkinson é genético.
O que leva a desenvolver a doença de Parkinson ainda não foi totalmente elucidado, podendo ser uma combinação de fatores genéticos e ambientais. De acordo com a especialista, apenas 30% dos casos tem envolvimento genético.
-A doença de Parkinson só prejudica os movimentos.
Embora a doença de Parkinson afete a parte do cérebro que controla os movimentos, não são só sintomas motores que os pacientes desenvolvem. Os sintomas não motores que ocorrem na doença de Parkinson são: depressão, distúrbios do sono, constipação intestinal, alucinações e alteração do olfato entre outros.
-Pacientes com doença de Parkinson não podem manter uma rotina de trabalho.
Conforme a neurologista, não há cura para a doença de Parkinson, mas há tratamento eficaz para o controle dos sintomas, melhorando a qualidade de vida destes pacientes. Existem tratamentos medicamentosos e não medicamentosos que associados permitem ao indivíduo manter a mesma rotina de trabalho e lazer. Fonte: Max Press Net.
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