sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Cirurgia inédita realizada no Hospital São Lucas reduz sintomas de Parkinson - Ribeirão Preto (SP)

Estimulação Cerebral Profunda controla significativamente tremores, lentidão de movimentos, rigidez e discinesias.

19/11/2015 - Uma cirurgia chamada Estimulação Cerebral Profunda (DBS – Deep Brain Stimulation), recurso terapêutico para aliviar sintomas motores de pacientes com doença de Parkinson, pode ser uma excelente opção para tratar pacientes com sintomas em estágio avançado. Trata-se de um procedimento de elevada complexidade, que utiliza tecnologia de ponta e necessita de uma equipe multidisciplinar altamente especializada, composta por neurocirurgiões, neurologistas e técnicos.

A cirurgia foi realizada no dia 5 de novembro, no Hospital São Lucas, em Ribeirão Preto (SP), pelos neurocirurgiões Eduardo Quaggio e Erich Fonoff. A paciente do sexo feminino, de 69 anos, tem a doenças desde 2002. Durante o procedimento, eletrodos foram inseridos no cérebro em pequenos núcleos profundos. Ao estimular eletricamente estas regiões, foi possível controlar significativamente os sintomas da doença, como tremores, lentidão dos movimentos, rigidez e movimentos involuntários, chamados de discinesias.
Por meio do implante de um aparelho semelhante a um marca-passo e de eletrodos em regiões profundas do cérebro, a cirurgia é geralmente realizada para diminuir complicações motoras, decorrentes tanto da evolução da doença quanto do uso crônico de medicamentos. Recém-chegado no Brasil, o aparelho da Boston Scientific é o mais moderno do mercado e foi utilizado no país pela primeira vez pelo Hospital São Lucas.

A doença de Parkinson ocorre por um processo neurodegenerativo devido a deficiência de um neurotransmissor chamado dopamina, que atua na integridade de um circuito de neurônios responsáveis pelos movimentos. Ainda não existem estatísticas exatas sobre o número de pessoas com doença de Parkinson no país, porém estima-se que sejam aproximadamente 200 mil brasileiros. Sabe-se que é a segunda doença neurodegenerativa mais prevalente no Brasil, ficando atrás apenas do Alzheimer. Em sua forma mais comum, os sintomas motores iniciam-se entre a quinta e sexta década de vida do indivíduo. Fonte: Revista Hospitais Brasil.

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