domingo, 26 de julho de 2015

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7 comentários:

  1. BOM TARDE, MAS BOA TARDE MESMO
    AQUI UM LINDO DOMINGO ENSOLARADO E ALEGRE, PROPRÍCIO PARA NOSSAS CAMINHADAS PELAS PRAÇAS DA NOSSA CIDADE E VISITAR AMIGOS.

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  2. oi
    pelo que li no seu blog
    você fez a cirurgia de estimulação cerebral profunda
    eu estou lutando para fazer também
    e eu queria saber mais sobre a cirurgia, o pós cirurgia, etc...
    podemos conversar?
    email: leticiavu@gmail.com
    whatsapp: 47 91731406
    facebook: Letícia Valéria Uber Queiroz

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    Respostas
    1. O dbs (deep brain stimulation) Como foi minha cirurgia para implante do dbs.

      Vou procurar esclarecer.
      Eu tinha Parkinson já há oito anos. Andava na base do Prolopa 6 x 125 mg, Artane 2 x 3 mg, Mantidan 2 x 100 mg, tendo já passado por Mirapex (pramipexole), Niar (selegilina) e vários antidepressivos. Ainda não era aposentado pelo INSS. Só o fato de depender da previdência social me apavorava, me remetia ao trabalho, e claro, rendia cada vez menos, pelo avanço da doença e por conseguinte, dos sintomas. Estava piorando a olhos vistos, já não tinha quase que mais nada a perder. Cotidiano péssimo, noites tenebrosas. Não conseguia mais me virar na cama, tinha que pedir à minha esposa para me secar após o banho, acordava-a no meio da noite cada vez que tinha que me virar ou ir ao banheiro. Estávamos, ambos, quase por explodir.

      Estava lendo muito a respeito, e descobri, p. ex., que já havia o início de um movimento em meio à neurologia nos EUA, propondo o dbs para mais jovens. Após ler mais e mais a respeito, tomei a decisão.

      Indicado pelo Dr Carlos Rieder, do qual era paciente à época, procurei o Dr. Telmo Reis, aqui mesmo em Porto Alegre, que até a época já havia efetuado 6 cirurgias para implante de dbs. Logo eu não seria o primeiro.

      Fui submetido à um exame de avaliação psicológica (para avaliar se eu não tinha demência), e uma polissonografia (qualidade do sono), além de uma exame de avaliação clínica.

      Fui aprovado como bom candidato ao implante de dbs. Mas restava o medo de mexer no “santuário das ideias”, como diz o amigo Marcílio, de Florianópolis, que veio de de lá especialmente para acompanhar minha cirurgia. O Dr Telmo, como todo bom cirurgião, é uma cara otimista, assegurava um risco mínimo, em correndo tudo bem.

      O implante do sistema dbs consiste em dois fiozinhos (os eletrodos) que são fincados desde o topo da cabeça, em posição paralela ao olhos, no couro cabeludo, a uns 5 centímetros da testa, no Núcleo Subtalâmico (conhecido como STN). O eletrodo, imagina um finíssimo fio de cobre revestido de verniz, onde em 4 lugares o verniz é raspado, para dar contato elétrico, que são os polos, ou bornes do eletrodo.

      Pois o ideal é que um desses polos seja fincado exatamente sobre o STN (no meu caso), podendo ser alternativamente o Globo Pálido GPi, que tem o tamanho e o formato de uma ervilha. Esta é a parte mais crítica do procedimento: acertar no alvo terapêutico. Da precisão deste acerto será dependente todo o sucesso da terapia. Para isto os médicos se valem de composição de exames de imagem: tomografia, ressonância e Rx. O alvo é tridimensional e acertá-lo bem no meio não é pacífico. É a parte mais crítica.
      (segue...)

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    2. (continuação...)
      Quando o médico acionar eletricamente este polo, ele irá gerar um campo magnético eletrodinâmico que envolverá o STN e irá inibi-lo de dar descargas erráticas de dopamina, estabilizando-o e eliminando ou atenuando os sintomas do Parkinson.

      Não precisa dizer que os eletrodos são alimentados por uma bateria acoplada a um microprocessador eletrônico que permite definir quais polos serão acionados, qual voltagem ou corrente haverá entre eles, se o pulso de choque terá largura de banda maior ou menor de x milissegundos, se a frequência ser de x ou y Hertz, esta bateria é conectada aos eletrodos por um fio ou cabo que fica sob a pele do pescoço e couro cabeludo.

      Logo que o implante é feito, o gerador não é acionado, aguardando-se alguns dias para acioná-lo. Mas curiosamente a gente melhora um pouquinho. Parece que o STN ao ser “ferido” pelo eletrodo invasor, dá uma revigorada, daí que o simples implante dos eletrodos por si só podem trazer uma melhora dos sintomas, embora não seja uma regra.

      Começar a regulagem dos parâmetros do “marcapasso”. Através de um aparelho programador disponível ao médico que se comunica com o microprocessador implantado sob a clavícula, através de ondas de rádio, o mesmo altera os parâmetros do “chip”. Procura com isso eliminar os sintomas motores, basicamente rigidez e tremor. Essa é a parte mais trabalhosa: acertar os parâmetros de estimulação. Acertando isso, é só partir para o abraço!

      Eu voltei a trabalhar por uns dois anos e sofri com a “euforia do êxito”. Com a rigidez e os tremores reduzidos e apesar da musculatura flácida , pensei que era o mesmo de 6 anos atrás e voltei a nadar com tudo, com isto tive problemas de coluna que com fisioterapia vim a solucionar. A euforia do êxito tem que ser bem dosada.

      Interleaving: quando não se consegue a estimulação do alvo com as programações básicas, se apela ao interleaving que compondo combinação de polos e com determinados parâmetros se compensa o não acerto na "mosca" do alvo.

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  3. Muito obrigada querido Hugo!!!
    Eu não tenho Parkinson, tenho paralisia cerebral. Mas como os sintomas são parecidos e não melhora mais com medicação, o meu neurologista de Florianópolis me encaminhou para um neurocirurgião que faz o procedimento pelo SUS. Mas dá medo de mexer no “santuário das ideias”, como você mesmo disse.
    Por isso sua resposta foi de muita valia para mim.
    Só mais uma pergunta; você fez a cirurgia particular ou pelo SUS??? Se particular quanto custou????? Se puder/quiser responder, é claro.
    Muitíssimo obrigada!!!

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  4. Hugo, li seu depoimento.
    Por favor poderias explicar qual o procedimento para conseguir pela Unimed?

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